Memes: (falta de) humor e criatividade


Todos já usaram memes e eles sempre estiveram presentes na nossa vida, apesar de começarem a ser denominados como “memes” há pouco tempo. Várias coisas podem ser chamadas de memes, desde as frases que viram moda entre seus amigos no churrasco (coisa que acontece muito no Twitter) até as tirinhas ~engraçadas~ que bombardeiam nossa timeline todos os dias. O primeiro reconhecimento da existência de memes – segundo a minha recordação, que é uma fonte muito confiável – vem das tirinhas conhecidas como “TENSO”. Depois de algum tempo – não logo depois, o objetivo não é fazer uma ordem cronológica – apareceu o “Daora a vida” (meu favorito), com tirinhas do Homem-Aranha. E aí se popularizaram as rage comics, ou rage faces, com os quase extintos “FUUUUUUU” e “Poker face”, muito engraçados. No começo.
Mas, como praticamente tudo feito pela sociedade humana, estragaram a magia. Não nego que apareceu como uma boa alternativa para se comunicar, pois eram desenhos prontos simulando várias situações do cotidiano e qualquer um podia se expressar usando-os. Mas com quantidade perde-se qualidade e hoje os memes são como o sertanejo universitário: todos querem emplacar um sucesso, e todos os dias somos bombardeados por belezuras como essa abaixo. Sem falar na ~moda meme~ que vemos pelas ruas. Morro internamente toda vez que presencio um moletom de memes, sempre imagino a pessoa falando “TRÓUFEICE” ao fazer uma piada.

O problema com os memes é a facilidade, antigamente quando alguém queria contar alguma situação da escola, por exemplo, tentaria desenhar ou caçar imagens para montar a história, hoje em dia é só colocar as carinhas em preto e branco e começar frases com “Le”. Eu tenho a impressão de que o conteúdo é secundário quando existem memes na imagem, eles já causam uma certa simpatia e com certeza será compartilhado. E os blogs que fazem sucesso com o uso de memes se apropriam de várias tirinhas internacionais, como o Reddit e o 4Chan. Um bom exemplo dessa “revolta” está na tirinha Riso Fácil, do Fabio Coala.
Deixo meu apelo: criem, inventem, inovem! Não se preocupem com o número de curtir ou compartilhar, simplesmente façam o que é seu. Não insulte sua própria inteligência, todos podem fazer mais que isso! Como incentivo à criatividade, eu deixo o Jacaré que Cospe Fogo:


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